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Descobertos Investimentos luxuosos "Escondidos", Pertença De Manuel Chang E Família


Manuela Solange de Martins Chang, filha do deputado Manuel Chang, de 33 anos de idade, terá adquirido um luxuoso imóvel para apartamento num moderno complexo residencial de Sundown - Sandton, considerada a zona mais luxuosa de Joanesburgo, “capital económica” da África do Sul.

Documentos da escritura pública de compra e venda e transferência do imóvel na posse do CIP mostram que a filha deChang pagou 5,5 milhões de rands em Outubro de 2017 para comprar o referido imóvel de 121 metros quadrados no edifício MICHELANGELO TOWERS em Sandton.

O edifício está localizado em Sandown extension 49 Township, considerada a área com o metro quadrado mais caro de toda a África.

A escritura de compra e venda e transferência de posse do imóvel foi intermediada pela Van Zyl Hertenberger Inc, representada pela advogada Sanet Esther Van Zyl. O escritório em referência é considerado como um dos mais reputados na prestação de serviços de assistência legal em matéria fiscal.


No dia 6 de Junho de 2018, Manuela Solange Martins Chang completou 33 anos de idade. Seis dias depois, a 14 de Junho de 2018, obteve “como presente” de aniversário o referido imóvel, destacando-se que se trata de um dos mais caros destinados para habitação em toda África. O apartamento foi adquirido a 30 de Outubro de 2017, tendo a escritura pública sido concluída em Pretória, capital da África do Sul.


Documentos dos Serviços Tributários da África do Sul atestam que a filha de Manuel Chang declarou ter adquirido o imóvel, apresentando-se como solteira, com passaporte moçambicano número 13AE16325.


Pela compra do imóvel, a jovem Manuela pagou de direitos fiscais na vizinha África do Sul, a módica quantia de 438 mil randes.

O apartamento localizado na secção 507 da MICHELANGELO TOWERS pertencia a Black Ginger 15 Proprietary Limited que, para efeitos da sua venda foi representada por Rafik Mohamed. Por sua vez, Rafik Mohamed nomeou 4 advogados, Antony Muray Theron, Mpho Piet Moya, Petrus Jacobus Lotter e Willem Jacobus Hefer como representantes da empresa na venda do imóvel para a filha de Manuel Chang. Foi Mpho Piet Moya quem assinou a escritura da compra e venda.



Perfil de Manuela Chang

Manuela Solange Martins Chang é empresária com cerca de meia dúzia de empresas registadas em seu nome na Conservatória do Registo das Entidades Legais em Moçambique. É mulher de Ingilo Dalsuco, mais conhecido por Gilito Dalsuco, um jovem bon vivan famoso nas redes sociais pela postagem de fotografias que retratam a vida de luxo que ostenta, tanto em Moçambique como fora do país.


Em nome de Manuela Chang estão registadas empresas de diferentes ramos, desde o comércio, incluindo sector imobiliário, carpintaria, importação e venda de medicamentos e gestão de participações financeiras.


A primeira empresa que consta dos registos legais a favor de Manuela Chang é denominada Tupann Med, Limitada, criada em Janeiro de 2008, dedicada à Importação, exportação, distribuição e comercialização de equipamentos de laboratório e seus acessórios.

Em Abril de 2010, Manuela Solange registou uma segunda empresa, a Quality Electrónica Limitada, dedicada à montagem de vedação eléctrica, câmaras de segurança, alarmes de intrusão, alarmes para viaturas, intercomunicadores, motores para portas eléctricas e assistência técnica aos respectivos equipamentos.


Em 2011, registou mais uma empresa, desta vez a Empresa Kulhula Limitada, vocacionada para o mercado imobiliário e de construção civil.

Em 2013, Manuela Solange Martins Chang constituiu outra empresa, na qual ela e o seu filho menor de nome Apoim Manuel Chang dos Santos são únicos sócios. A empresa denomina-se M.C. Imobiliária e Serviços, Limitada e tem como objecto a implementação, gestão, desenvolvimento e exploração de projectos imobiliários.


Em 2016 registou mais duas empresas, primeiro a Mozcarp, Limitada, dedicada a serviços de carpintaria e de seguida a Meinvest Limitada, de gestão e participação financeira. Nestas duas, tem como sócio o seu marido Ingilo Nortamo Dalsuco.

Alega-se, nos meios forenses que, parte do dinheiro proveniente das famigeradas “dívidas ocultas” foi usado para investimentos no sector imobiliário dentro e fora do país, tendo sido usados como “testas de ferro” familiares dos implicados.

Abaixo as cópias dos documentos comprovativos:



































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